sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Considerações finais sobre o CC: RELAÇÕES SOCIAIS E POLÍTICAS NA CONTEMPORANEIDADE

 A experiência de cursar um componente curricular que me permitiu circular por diversas áreas do conhecimento, desde histórias do século passado até avanços tecnológicos do século atual foi muito enriquecedor para minha formação acadêmica. A forma didática e interativa abordada pelo docente Joel Felipe, contribuiu para que este processo fosse bem mais produtivo. 

Deixo aqui meus sinceros agradecimentos pela trajetória de experiências inovadoras que o componente curricular, "Relações sociais e políticas na contemporaneidade" pôde proporcionar. 




Interseccionalidade

A Desigualdade é algo extremamente prejudicial para a humanidade e existe desde os primórdios da sociedade, existe vários tipos de desigualdade, como a desigualdade social,  econômica, de gênero, entre outras ramificações. Este é um problema sério que assola a sociedade e que vem prejudicando vários indivíduos ao decorrer dos anos. Existe um termo muito importante que foi sistematizado pela primeira vez em 1989 pela feminista negra  Kimberlé Crenshaw, que é a interceccionalidade. Este termo foi empregado para designar a independência das relações de poder, raça, sexo e classe.

Falando na questão de gênero e raça, vou destacar o feminismo negro, a luta feminista prioriza o exercício dos direitos humanos, haja vista que o racismo e o sexismo são fatores sociais que impedem ou dificultam o seu acesso. Para tanto, vê-se a ascensão do protagonismo de mulheres negras embasadas pela perspectiva de feminismo colonial, em contraponto à homogeneidade eurocêntrica de construção histórica dos Direitos Humanos. Os tempos atuais são marcados pela ascensão de intolerâncias, do conservadorismo, do racismo e do sexismo e onde as mídias sociais possibilitam a disseminação de discursos de ódio, da violência simbólica, formatando a construção de estigmas sociais, contra grupos subalternizados e a violação dos direitos previstos em lei.

A construção de outras narrativas/discursos sobre as mulheres negras impõe-se como bandeira de luta em tempos de modelos alternativos de engajamento social. Neste sentido, tem sido uma “arma” na luta das mulheres negras contra a opressão de gênero, classe e raça e, notadamente, na tentativa de rompimento com a “identidade de objeto”, modelo de representação negativa que tem sido construída desde as primeiras imagens (à época da colonização), sobre as mulheres negras. Com isso se faz necessário a utilização e o conhecimento do que é interseccionalidade em todos os meios sociais para .que assim passamos vir diminuindo com as diversa formas de desigualdade e descriminação existente no âmbito social.





quarta-feira, 28 de julho de 2021

Reflexões acerca da Cibercultura

 Quando ouvimos falar em avanço tecnológico logo associamos a revolução industrial,  período que teve início na metade do século XVIII, onde ocorreu a substituição da manufatura pela maquinofatura e surgimento de indústrias, aumentando assim a produção em massa e o destaque do capitalismo, para a população que vivia na época foi uma grande conquista, pois além do desenvolvimento econômico e social proporcionou para população a otimização do tempo pelo fato do trabalho passar a ser feito por máquinas e não mais de forma manual. 

Atualmente estamos vivendo em uma nova era, onde ao invés de considerarmos a Revolução Industrial o destaque está sendo a Cibercultura. De acordo com o texto “Cibercultura” do autor, André Lemos, o termo é definido como a relação entre sociedade, cultura e tecnologia onde surgiu na década de 70 com a aplicação da informática. Exemplos de Cibercultura são: Home banking, cartões inteligentes, celulares, palms, pages, voto eletrônico, imposto de renda via rede, etc…

Podemos perceber uma grande evolução tecnológica quando o dinheiro físico passa a ser substituído por meios eletrônicos como o novo pix, transferências digitais, cartões de crédito e débito, além outras questões como a criação de softwares e inteligência artificial. Logo, quando ouvimos falar em Cibercultura não é algo que está por vir, mas algo já presente entre nós. 


Esta nova era da tecnologia traz consigo também grandes desafios, como por exemplo sociedade WYSIWIG (o que vejo é o que tenho) onde a nova economia dos cliques passa a ser vital para os destinos da Cibercultura: até onde devemos clicar, participar, opinar, e até quando devo contemplar, ouvir, e simplesmente absorver? Vale levar em consideração a necessidade  de tomarmos muito cuidado com a disseminação das fake news, pois é algo que pode ser extremamente prejudicial para a população se não excluído ou controlado nos meios sociais.

 

Uma das vantagens quando se fala em Cibercultura é com relação a "Cibercultura do cotidiano", que proporciona mais facilidade no contato interativo, como por exemplo o uso de blogs, webcam, email, meios que substituem o contato face a face, mas facilita a comunicação em meio a correria do dia a dia. Contudo, podemos concluir que o avanço tecnológico independente da era em que é aplicado proporciona para os seres humanos muitas vantagem e como qualquer outro serviço tem os prós e contras, mas quando falamos em Cibercultura é a aplicação da tecnologia como meio de otimização do tempo e tentativa da melhoria da qualidade de vida dos indivíduos. 





terça-feira, 27 de julho de 2021

Reflexões acerca da expressão "Sociedade do Espetáculo"

 A frase "Sociedade do Espetáculo", nos remete o pensamento imediato a Sociedade em que estamos vivendo, onde tudo está ligado a tecnologia e o "Espetáculo" está vindo principalmente das redes sociais, onde os indivíduos buscam likes e mais likes para o reconhecimento dos seus "shows". 

No livro "A Sociedade do Espetáculo" do autor Guy Debord, contém a seguinte frase: "No mundo realmente invertido, o verdadeiro é um momento falso", com isso o autor quer dizer que o espetáculo da vida social contemporânea é uma imagem invertida da sociedade desejável, que o capitalismo e o consumismo estão tomando conta da população. 

Em uma Sociedade onde os algoritmos sabem exatamente onde nos estamos em qualquer horário , além de "ouvir" basicamente tudo que falamos, acabamos perdendo aos poucos a privacidade e a liberdade de escolha. No filme " O show de Truman" é representado como essa realidade é vivida em alguns casos, onde somos o tempo todo monitorados, além da questão de estar virando até moda algumas pessoas se candidatarem para passar por este tipo de situação, como é o exemplo do Reality show, Big Brother Brasil em que os participantes são confinados em uma casa e passam 24 horas do dia sendo visto por todos telespectadores do país e do mundo. 

Uma outra discussão relevante é com relação a um dos episódios da série Black Mirror, onde representa a Sociedade do futuro em que tudo é substituído por popularidade, como por exemplo, dinheiro, bens materiais, emprego, etc, quanto mais popular a pessoa for, mais realizações ela consegue em sua vida, essa sociedade do "Futuro", já pode ser vista nos dias atuais, onde quanto mais relevância e likes as pessoas tem nas redes sociais, mais destaque elas conseguem na vida social e pessoal, em muitos casos essa situação acaba  determinado até o próprio futuro do individuo. 

"O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas, mediatizadas por imagens" - Guy Debord




terça-feira, 20 de julho de 2021

Reflexões acerca do conceito de Comunidade, por Zygmunt Bauman.

O capítulo inicial do livro "Comunidade", escrito pelo autor, Zygmunt Bauman,  me fez refletir acerca do que de fato é uma comunidade, a leitura me fez perceber que as comunidades podem ser vista como um ambiente que foi criado com intuito de fazer com que cada individuo vivesse em um determinado grupo social, "dentro de uma caixinha", e que ficassem impossibilitados de explorar outras comunidades, por exemplo.

 No inicio do capítulo um do livro o autor nos fez imaginar a comunidade como um ambiente 100% harmônico, belo, sem desavenças, confiável e extremamente amigável. Onde todas as discussões que ocorrem neste ambiente são para o bem dos que ali habitam, chegando até nos fazer associar a um lugar utópico. Daí podemos assimilar o exemplo que foi dado pelo autor ao ambiente em que vivemos de fato, e fica o seguinte questionamento: a comunidade é realmente 100% harmônica? Se pararmos para analisar, não. E podemos ter como exemplo o mito de tântalo que foi dado no livro, onde um dos indivíduos que vivia em comunidade não seguiu as regras que ali foram impostas e acabou sendo castigado cruelmente.

Da mesma forma ocorre nos dias atuais com as pessoas que vivem em comunidade, temos   que escolher entre viver em segurança mas em uma "caixinha" que é sua comunidade ou viver  em liberdade, mas sem a segurança que lhe é fornecida em uma comunidade, caso optem em viver em liberdade serão considerados traidores e indignos de confiança. Mas vale levar em consideração que  a partir do momento que a pessoa sai desse comunidade ela pode começar a construir opiniões próprias sobre a vida, e não apenas viver sobre regras premeditadas.

Por isto o autor, Zygmunt Bauman, sugere a necessidade de construirmos a comunidade da humanidade, onde todos compartilham vivencias, opiniões próprias sempre prezando o respeito ao próximo, mas nunca focados em uma "caixinha". Além de termos que levar em consideração a interdependência dos indivíduos em todos os sentidos, onde um necessita do outro para desenvolver suas atividades e progredir com êxito. 

Por fim eu não poderia deixar de citar o exemplo da modernidade liquida que estamos vivendo, onde as comunidades nas redes sócias estão sendo mais relevante do que um bom convívio social com os que nos cercam fisicamente, onde ter vários amigos no Facebook, Instagram e outras redes sociais está sendo mais importante para alguns do que ter amigos de forma física, além dos likes que acabam definindo muitas vezes o futuro de muitas pessoas. Quando Bauman falou em comunidade da humanidade ele estava se referindo as pessoas serem mais humanas, não simplesmente usarem seres humanos para ter status. 












quinta-feira, 1 de julho de 2021

Reflexões acerca do Breve século XX - Eric Hobsbawm

 Ao fazer leitura da parte 19 do livro "Era dos extremos",  do autor Eric Hobsbawm, eu pude ter a  dimensão do quão importante foi o século XX, a leitura me fez perceber que esta foi uma era de muito embate entre grandes potencias mundiais, pós segunda guerra mundial.  Onde determinados grupos  investiam em munições para guerras, podendo destacar a união soviética, por exemplo, em busca de destaque e poder. Além da grande taxa de violência, principalmente para com cidadãos de "terceiro mundo", havendo um alto índice de xenofobia, chegando ate a tirar  a vida dos imigrantes que ousavam em pisar nas terras de países considerados de "primeiro mundo". 

Além destas questões, o que está explicito no texto é que o sistema que comandou este período foi o capitalismo, que fez com que essas disputas por poder fossem tão acirradas, fazendo assim com que houvesse o fracasso do comunismo soviético, que visava basear a economia na propriedade universal, ideologia que foi derrubada e desconsiderada com a aplicação do capitalismo. 

Falando agora em capitalismo, que é um ponto chave no texto, o conceito está relacionado a acumulação de riquezas e economia na mão de empresas privadas, resumidamente, é o que reflete a presença da desigualdade social que nos acompanha ate os dias atuais, onde para ter poder o individuo tem que possuir capital, logo, quando esse capital está concentrado nas mãos de um pequeno grupo, outra parte necessita vender sua força de trabalho, muitas vezes ate em situações precárias para sobrevivência. A leitura do texto foi enriquecedora trazendo várias reflexões acerca da influencia das eras passadas para os dias atuais. 


Fonte:https://academiadovestibular.com/tag/eric-hobsbawm/






quarta-feira, 30 de junho de 2021

Reflexão acerca da Sociedade x Indivíduo - A Sociedade dos Indivíduos

A leitura proposta pelo professor Joel acerca da definição de sociedade x indivíduou de acordo com o livro "Sociedade dos indivíduos" do autor, Norbert Elias, me fez ter uma concepção mais ampla quando ouvir falar em sociedade. Antigamente quando ouvia falar neste conceito eu pensava em um grupo como um todo, sem distinções e sem levar em consideração a importância de cada individuo para composição de uma sociedade. Com a leitura inicial do texto ficou claro para mim que a sociedade é criada por cada membro que é considerado um indivíduo, o que é obvio, mas que eu nunca tinha parado para pensar antes. 

No inicio do texto o autor expõe uma teoria de que a sociedade era vista como a sequência criada por outros indivíduos, ou seja, os seres humanos atuais estão reproduzindo o comportamento de seres humanos do passado, onde as ideias podem ter sido distorcidas mas dão continuidade da maneira mais racional possível. Além desta visão tinha um campo oposto que desprezava essa maneira abordada com relação as formações históricas sociais, e acreditavam que os indivíduos não desempenham papel algum e que seus modelos conceituais são extraídos das ciências naturais, em particular da biologia.

Resumidamente, o autor me fez perceber que não há distinção entre indivíduo e sociedade, um complementa o outro, existe uma interdependência, onde as profissões, as posições sociais, as posições políticas entre outras questões dependem um dos outros para existirem. E além de tudo, existem várias sociedades, com vários indivíduos, onde um leva o outro, não necessariamente em harmonia, mas em sociedade.




Considerações finais sobre o CC: RELAÇÕES SOCIAIS E POLÍTICAS NA CONTEMPORANEIDADE

  A experiência de cursar um componente curricular que me permitiu circular por diversas áreas do conhecimento, desde histórias do século pa...